terça-feira, 16 de março de 2010

Praticar e aperfeiçoar

Depois que você ficou fera em praticar o equilíbrio na sua bicicleta e já conseguiu se deslocar com a força das suas pernas através do movimento dos pedais você já é um ciclista. Parabéns!
O ideal a partir de agora é que você passe a se aperfeiçoar. Quanto mais familiarizado com o tamanho da sua bike, as reações dela em diversas situações, seus controles, etc., mais capacidade para manobrá-la, pará-la, enfim, conduzi-la, você terá.
Assim, deixamos aqui algumas dicas de como praticar e se aperfeiçoar na condução da sua nova amiga:

1. Pedale o mais lento que puder sem colocar os pés no chão.
2. Faça curvas fechadas o mais devagar possível
3. Freie a bicicleta e só coloque os pés no chão, quando ela estiver completamente parada.
4. Pare a bicicleta, conte até três e arranque de novo - sem colocar os pés no chão. Aumente o tempo de parada
5. Coloque 5 latinhas no chão, com espaço de três metros entre elas. Passe por elas em “S”. Diminua a distância conforme for melhorando
6. Em pé sobre os pedais, faça curvas e freie
7. Em pé sobre os pedais, com joelhos dobrados, passe por buracos ou pequenos obstáculos
8. Passe em espaços apertados
9. Desça um degrau
10. Nossas calçadas geralmente são acidentadas, horríveis para pedestres, mas ótimas para ciclistas praticarem equilíbrio. Certifique-se que a calçada está livre e você não irá atrapalhar a circulação de pedestres, afinal, lugar de bicicleta é na rua.

Treinando assim – e de outros modos que você poderá descobrir e inventar – logo, logo você estará apto a pedalar nas ruas em meio aos veículos. No entanto, antes disso acontecer é interessante que você fique fera em outros assuntos: a sua segurança e a legislação de trânsito, o que trataremos nos próximos posts e no próximo domingo, no 4° Passeio Ciclo (Re)Ativo.

Texto baseado no site www.escoladebicicleta.com.br

quarta-feira, 10 de março de 2010

Quarto Passeio Ciclo(Re)Aivo de São Paulo

Primeiros passos

Os passos descritos a seguir são recomendados para quem nunca pedalou ou há muito tempo não pedala uma bicicleta.
Execute-os sempre acompanhado de uma pessoa mais experiente, que tenha conhecimentos básicos de ergonomia e manutenção da bicicleta.
Nunca tente (re)aprender a pedalar em ruas, mesmo que sejam tranqüilas, pois você nunca saberá quando um carro poderá aparecer.
Esses passos são direcionados aos adultos. Logo postaremos dicas voltadas às crianças.

Começando devagar e simples

• Primeiro de tudo: não ligue para os pedais. Sim, isso mesmo, deixe-os, esqueça-os. Se preferir tire os pedais da bicicleta ou amarre um dos pedivelas no quadro para que eles não fiquem girando e acabem lhe atrapalhando.
• Abaixe o selim até que você seja capaz de apoiar seus pés no chão facilmente. O ideal é que seus pés toquem completamente o chão.
• Procure um lugar sem obstáculos, como veículos, muitas colunas, pessoas etc.. Um estacionamento ou um parque, por exemplo. Se esse local tiver uma pequena e suave inclinação, melhor.
• Sente na bicicleta e comece a empurrá-la com seus pés, como se fosse um patinete em que pode se sentar. Tente usar devagarzinho os freios. Tente parar completamente seus movimentos sem fazer muita força, mas suavemente. Sinta como a bicicleta responde a esses controles.
• Quando se sentir mais confiante comece a fazer curvas suaves. Tente não usar os freios enquanto estiver virando, principalmente o dianteiro.
• Sentindo-se ainda mais confiante, tente utilizar a inclinação do terreno. Conforme você for descendo e ganhando velocidade levante seus pés do chão gradualmente. Lembre-se que tudo o que você precisará fazer para parar esse movimento é apertar delicadamente os freios.
• Sinta e lembre-se que a bicicleta é inteiramente controlada por você. Ela não tem vontade própria.
• Com mais confiança, comece gradualmente a levantar o selim. Levante de um a dois centímetros por vez. Isso facilitará ainda mais o controle da bike.
• Quando o selim estiver alto o suficiente para você será hora de colocar os pedais na bike ou desamarrar o pedivela. Quando estiver descendo pela inclinação do terreno, tente colocar, mesmo que por alguns segundos, apenas um pé no pedal. Sentindo-se confiante, ponha o outro. Não precisa movimentá-los agora. Apenas sinta seus pés sobre os pedais e você inteiro sobre a bicicleta.
• Dessa forma vá aumentando sua confiança sobre a bike, repetindo esses movimentos. Logo você terá desenvolvido o equilíbrio necessário para iniciar o movimento circular dos pedais. Quando sentir isso, gire-os para trás, para não alterar a velocidade da bicicleta. Continue lembrando que os freios estão logo ali e funcionam. É com eles que você irá parar a bike, não com os pés!

Praticando dessa maneira, logo você estará apto para seguir ao próximo passo. Fique ligado!

*Texto baseado no site WWW.bicyclingforbeginners.co.uk

terça-feira, 9 de março de 2010

Último empurrãozinho

Muito dificilmente uma pessoa que recebe uma boa orientação não conseguirá pedalar sua bike como qualquer outro ciclista mais experiente. As limitações existem e cada um tem a sua. No entanto, é possível contorná-las, basta querer. Boa parte dessas limitações é infundada e bastará um pouco de força de vontade e orientação adequada, que você nem as superará, fácil, fácil.

Para quem já pedalou...
...existe até um ditado que diz: “tal coisa é como andar de bicicleta – a gente nunca esquece”. E isso é verdadeiro. No entanto, a coisa fica ainda melhor quando utiliza-se um modelo de bicicleta novo, com múltiplas marchas e bons trocadores (em breve o blog contará com um glossário). As bicicletas evoluíram bastante em cerca de 20 anos e ficou muito mais fácil conduzi-las.

Para quem nunca pedalou...
... provavelmente quem não conseguiu se equilibrar em duas rodas utilizou uma bicicleta ruim, desequilibrada, mal alinhada ou de tamanho incompatível com o seu. Não foi por sua causa que você não teve sucesso, mas por causa do equipamento utilizado. Uma bicicleta adequada e um instrutor paciente certamente farão você pedalar.
Pedalar em meio ao trânsito pode parecer muito assustador para um leigo, mas é muito mais fácil e seguro do que parece. Seguir a lei no que tange à condução da bicicleta, ter um comportamento gentil e educado e ter calma são os preceitos básicos para se “enfrentar” o trânsito em qualquer cidade do Brasil... e muitas pelo mundo.
O treinamento na prática é a melhor maneira de aprender. É aconselhável que quem esteja iniciando tenha um acompanhamento individual de um instrutor, que irá desmistificando o “bicho de sete cabeças” que a bicicleta pode parecer.

Vamos encarar, então? Ok. Deixe qualquer vergonha de lado, dispa-se dos conceitos pré-formados sobre você e sobre qualquer coisa negativa em relação à bicicleta. Vamos começar do zero... mas advertimos: cuidado! Você corre um sério risco de se apaixonar e criar uma dependência deliciosa pela bicicleta. E aí? Toma a pílula azul ou a vermelha?

*Texto baseado no site www.escoladebicicleta.com.br

sábado, 6 de março de 2010

Vamos aprender a pedalar, simpatia?

A bicicleta é simpática!
Tenho alguns milhares de quilômetros rodados de bicicleta não apenas na cidade de São Paulo. Gosto de viajar com a minha bike e por conta disso tive o privilégio de pedalar por diversas localidades do Brasil, da Europa e até da África. Em absolutamente todos os lugares por onde pedalei (e pedalo) sempre fui muito bem recebido por pessoas completamente desconhecidas. A bicicleta transmite a simpatia. Não sei se isso acontece pelo ciclista transmitir um ar de vulnerabilidade às pessoas em geral. Não sei se ficam com pena ao olharem para um rosto que exprime sua felicidade através do cansaço ou muitas vezes da sujeira. O fato é que a bicicleta e o ciclista são bem vindos, com raras exceções.
Pedalar é algo extremamente prazeroso e possível para todos. Mesmo no trânsito de grandes cidades como São Paulo é impossível não se sentir bem pedalando. Traz até um certo sentimento de heroísmo ao saber que você está contribuindo para melhorar o tráfego, não polui e chega mais cedo e menos estressado que quem está de carro ou no transporte público.
A bicicleta é democrática, todos podem e conseguem pedalar. Independe de idade e sexo e minimiza as diferenças sociais, pois é barato. Basta ter disposição e vontade.
Os próximos posts tentarão incentivar a pedalar quem já tem, quem acabou de comprar ou quem está pensando em ter uma bicicleta. Daremos dicas de como começar a pedalar passo a passo, sempre lembrando que no penúltimo domingo de cada mês às 10h da manhã e todas as quartas às 21h tem saída do Ciclo (Re)Ativo da frente do Trianon. É a chance de botar em prática o que a gente vem teorizando aqui no blog. Até lá!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Saídas e dicas para algumas armadilhas comuns para iniciantes II

Pós compra: hora de pedalar
A empolgação toma conta de você, afinal comprou uma bike adequada ao seu corpo e às suas necessidades, com boa qualidade, toda regulada e prontinha para ser pedalada. Espere. Leve em consideração esses fatores:
• Você sabe que as bicicletas são veículos, certo? Dessa maneira elas estão sujeitas à mesma legislação que controla o tráfego de motos, carros, caminhões, ônibus... Antes de sair para a rua procure se informar sobre o que diz o Código Brasileiro de Trânsito (CBT) no que se refere às bicicletas, à sua condução à relação entre ciclistas, pedestres e veículos automotores no trânsito.
• Quais as precauções que você tomou quanto à sua segurança? Tão importante quanto ter uma bicicleta para pedalar é ter equipamentos de segurança. Além dos previstos pelo CBT é extremamente aconselhável o uso de luvas (numa queda, geralmente a primeira parte do seu corpo que tocará o chão, instintivamente, serão suas mãos. Pedalar depois de uma queda com as palmas das mãos feridas não é nada agradável), óculos (já tomou uma “besourada” ou uma pedrada no olho?) e capacete (há muitas contradições quanto ao uso desse último item. Em minha opinião acho que é um item fundamental). Na bicicleta é essencial o uso de luzes pisca-pisca (não apenas os “olhos de gato” que vêm instalados originalmente) NA FRENTE E ATRÁS.
• Ok, agora você está pronto para pedalar com segurança e desfrutar da sua nova bicicleta. Chama seus amigos experientes para um passeio “inaugural” comemorativo. Aqui também valem algumas ressalvas: por mais empolgado que você esteja tente não pedalar demais. Seus amigos, por estarem acostumados poderão guiá-lo em um “pedal leve”. Tenha cuidado. O que às vezes pode ser muito tranqüilo para quem tem experiência pode resultar em cansaço excessivo, dores e decepção consigo mesmo e com a bicicleta no dia seguinte. Na tentativa de acompanhar os amigos mais experientes, não “atrapalhar” e não fazer feio, o iniciante se esforça além do recomendado e não reclama. Fica difícil manter o ritmo em meio aos outros veículos e a primeira coisa que vem à mente é: “bike é legal, mas não é para mim”.
• Outra coisa a ser evitada nas primeiras pedaladas – e sempre – é pedalar pelos mesmos caminhos que se faz de carro. Normalmente esses são locais de trânsito mais intenso e perigosos, não indicados para se trafegar com uma bike.
• A altura do selim é um fator que faz uma diferença enorme no aproveitamento da sua energia e força. Por falta de prática e insegurança, erroneamente pensa-se que o selim deva estar posicionado de forma que permita que o ciclista possa alcançar os pés no chão. Isso não é o correto. O selim deve estar numa altura em que a perna do ciclista fique semi flexionada (ou quase totalmente estendida) quando o pedal estiver em baixo. Com o selim na altura correta geralmente não é possível alcançar o pé no chão e ao parar necessita-se descer do selim para ficar em pé sobe o tubo superior do quadro. Com o selim muito baixo o ciclista poderá ter dores nos joelhos, nas costas e certamente irá se cansar muito mais do que o normal.

Próximos posts: Aprendendo a Pedalar....
*Textos baseados no site www.escoladebicicleta.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

Saídas e dicas para algumas armadilhas comuns para iniciantes I

Pré-compra e compra de uma bicicleta

Bateu aquela vontade de voltar a pedalar ou porque seu melhor amigo lhe influenciou, seu namorado pedala e você quer acompanhá-lo, ou você acha que é uma boa maneira de entrar em forma, enfim, não importa o motivo. O que fazer nessa hora?
• Converse não apenas com uma, mas com várias pessoas que pedalam há algum tempo. Você terá diversas opiniões e, assim, condições de entender um pouco mais sobre qual bicicleta comprar para suprir as necessidades que você tem.
• Peça para andar em uma bicicleta de um desses amigos, ou de vários deles. Fique atento, no entanto, para alguns detalhes que farão toda a diferença: a altura do seu amigo deve ser muito próxima à sua e a bicicleta deve estar regulada e em boas condições de uso.
• Evite comprar uma bicicleta por impulso. Alguns amigos muito próximo se deixaram seduzir por cores reluzentes, suspensões dianteiras e traseiras e facilidade no pagamento em um supermercado ou magazine. Não caia nessa. Lembre-se das conversas que teve com os mais experientes. Se ainda não conversou, consulte-os sobre o modelo que quase lhe seduziu.
• Não há segredo: o preço de uma bicicleta é diretamente proporcional à sua qualidade. Bicicletas baratas geralmente são ruins e acabam encostadas num canto qualquer e – pior – desestimulam o ciclista. Compre bicicleta em bicicletaria, assim como você compra pão na padaria, vidro na vidraçaria, combustível em um posto de serviços. No supermercado compre comida e em magazines compre móveis e eletrodomésticos. Apenas uma bicicletaria montará corretamente uma bicicleta para você e lhe dará garantia de serviços e até dicas de manutenção.
• Muitos não sabem, mas assim como roupas as bicicletas têm tamanhos diferentes. Uma bicicleta que “vista” corretamente em você é essencial para uma pedalada prazerosa e sem dores. Apenas especialistas (que trabalham em bicicletarias) serão capazes de lhe dizer qual o tamanho de quadro ideal para você.
• Os selins (bancos) também devem ser considerados com item de primeira importância na compra de uma bicicleta. Existem inúmeros tipos de selins para inúmeros tipos de traseiros de ciclistas. Variam conforme o sexo, peso e medidas do ciclista e devem ser testados antes da compra. Nas melhores bicicletarias existem equipamentos que medem hum... digamos as partes que apóiam no selim e indicam o modelo que deve ser comprado. De maneira geral os selins muito estreitos, bem como os muito largos devem ser evitados para ambos os sexos. Um bom selim evitará muita dor no traseiro durante a pedalada e nos dias seguintes. Não economize com esse item, pois ele poderá ser um dos fatores que mais contribuem para desestimulá-lo a pedalar.

*Texto baseado no site www.escoladebicicleta.com.br